quarta-feira, 25 de abril de 2012

O ENCANTO VERDE TURQUESA




Logo mais estarei indo, meus pés na areia branca
Desse oceano lindo- convulso entre as ondas que
Deixam marcas de espuma a valsar na pele alva,
Queimada pelo sol, com rastros de cravo e canela
E exala o desejo que guarda para o entardecer.
Essa essência mesclada de dama da noite recende
Jardins e mares, entre confins e luares é o perfume
Que trago intimamente...nem o sal, nem o sol
Tomam-me a dualidade, nem teus lábios se apagam
Na tez que em toque preciso receberá
O precioso verde turquesa do mar
E do amar de meus olhos que atravessam teu sonho.
A face do amor que trago talvez se desvele como
Um tesouro perdido, além do mistério sugerido...
Um coração dividido divaga céus e águas rasas,
Revolve-se em asas e escamas, confunde-se,
Engana-se, explora suas próprias razões,
Debate-se, corta-se em redes de suas sedes
Dilacerado por tantos arpões.

Doce é a boca que quer meu beijo na areia
E não teme que a paixão impere e o leve,
No profundo mergulho para sempre do instante breve,
Que teu corpo o meu tateia
No encanto extasiante do canto da sereia...

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