sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AMOR – MALDITO



Há um amor maldito corroendo-me o peito
Rasgando-me a carne envenenando-me os nervos.
Ceifando-me a vida tornando-me cativa.  Amando-me – do seu jeito.
Há um amor maldito que se julga perfeito.
Faz-me refém, no papel, na vida,
Qual fosse -um favo de mel
E eu- sua abelha rainha.
Falando-me das nuvens
Olhando meus lábios, molhando meus olhos
Secando meus veios, querendo meus seios.
O mundo se faz por decreto e assim tão secreto
Um bendito amor.
Há um amor tão cingido em versos perversos
Que leva-me o pouco que resta, e deixa-me nada
Que presta, e toma-me tanto que fico maldita
Do amor que me habita, ainda.
Há um amor tão maldito que eu quero
Muito mais do que ele acredita, do que os dentes
Que cravo ou do que a vida conflita.
Do bem ou do mal que encerro, da noite que assim
Dormita.
Há um amor que conclamo – maldito – enfim.
Há um amor que proclamo – bendito – a mim.
Infinito - O amor que trago e amo!
Infinito - O amor que afago e amo!

Esse breu                                                                                                                                                                        
Amor meu
Até o fim
Amor
A mim.

Um comentário:

  1. Que maravilha, Mirian! Creio que, em se tratando da alma, o amor tudo pode e faz, por isso consegue ser bendito e, também, maldito - afinal, tudo tem seu devido preço no universo! Parabéns, de coração, e 1 beijo do sempre amigo e fan,

    the ^..^ Osmar.

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