domingo, 15 de janeiro de 2012

A FÊNIX



Meus cabelos dourados são leves ao espelho
Como plumas bailam em fluidez dos meus loiros pelos,
E assim, semi deusa de mim
Asas me dou, em batom carmim
Ao fogo da alma que arde sem fim.

Há vida e morte, sublimadas
A paixão da ressurreição deixou-me marcas.
Espírito cíclico - incendeio- e piro
Miro o tornado em vento de chama
Da vida que chama
Em pira de canela, sálvia e mirra
Do cosmos que me clama.
Esse devaneio que me inspira.
Dessa alma que ama.

Qual lira em transformação
Buscando a exata expressão
A lenda em mim se acende
O torpor da carne se desprende
Em liquidez qual favo de mel
E de luz cuja imanência desvela o véu.

Vim mudar a ordem do universo, pura
Ser novo prisma sideral, doçura
Percepção sensorial, loucura
Paradigma mitológico, fissura
Em corpo de girassol fundei
Minha essência - guerreira
Minha dor se fez passageira.
Minha vida se faz este instante
Meu futuro brilhante.

E minha alma qual centelha
Em deleite, de pleno vôo de gozo em aceite
De todas as formas que tomo
Dos veios e amores que domo
Assim em ternura bendiz
Minha eterna sanha de ser feliz.

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