terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O AMOR -AUGUSTO


Trago além dos tragos e dos afagos
Uma inquietude, um final sem fim
Um elo perdido qual partido o tempo
Em arrebatamento de uma tarde em Roma.
Em fontes que jorram, plácidas
Em praças que tornaram-me ácidas
Descompus o espaço-degladiei-me
E sou o verde espaço de um lábio que ama.
O amor tem nome. Endereço.
Morou na rua da saudade, hoje partiu.
Mas segue robusto, augusto, quase lenda.
É essa querência que transforma o dia
É essa ardência que aflora em poesia
É essa transparência que a alma anseia
É a ceia, o transformar de um sol
Que arde, tarde em Roma
Nos braços de uma bela dona.

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