sexta-feira, 20 de abril de 2012

ESPUMAS...




A nudez da minha alma não te bastou
Agora é tarde. Havia flores e doces, e mel,
Havia céu, lira e perfume. Eramos inexatos,
Mas ainda assim havia uma chance. Hoje
Tomo meu champagne ouvindo Bach,
Rogando para que tu te vás longe, sem
Qualquer possibilidade de voltar.
Tudo que eu poderia fazer por ti eu fiz.
As cartas de amor, os livros que escrevi,
Meus sonetos mais delicados.
Cada palavra que esse coração verteu
Foi o fiel retrato do amor que eu tinha.
A nudez do meu corpo não te bastou.
Os beijos inebriantes, os rompantes,
Cada voo raso que ao acaso lancei
Afundou muito além da bruma
Provando que não passava de ilusão
Aquele amor de espuma.

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