sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DOÇURA






O desejo de amor passou pela noite de forma latente.
Não possuía forma, nexo, conhecimento de si profundamente.
Tateava o conteúdo pela essência e, assim, em mim toma forma.
O desejo de entendimento de seguir em trilha de cristais
Enquanto o vento açoitava aqueles cabelos, era pureza ancestral
De um coração essencial em busca de si mesmo.
Em ato de amar o amor que tenho, fui revelando meus elementos.
Fogo, ar, água, forças da natureza imanentes dos seres.
Agreguei poeira e suor em meu corpo, nas batalhas diárias
De meu próprio auto conhecimento.
Decantei a dor, a volúpias, meus arrependimentos
E tomei-te pela mão, trêmulo em sofreguidão
Ergui-te ao meu firmamento.
Em meu céu de mar de amar, foi tua minha rosa da alma
Em ato de amor carnal, de enlaçar de espírito transcendental.
Em luz e faíscas das imersões e fusões que se deram
Fiquei sem palavras...O silêncio que se seguiu era puro êxtase...
És açúcar e mel, melaço e caramelo, a candura do amor sem fim,
Que besunta as razões áureas desta boca de carmesim.
Perfumastes meu corpo em jasmim em pleno céu de ato de amor.
Assim, qual criança que se encontra em maravilhoso infinito de ser
Descobri o quanto quero do amor. Amor além da solidão do espaço
Dos abraços que deixo de ter comigo, dos brilhos de espíritos.
Amor com vigor e esperança de que hoje seja o primeiro
E o último dia de amar! Amor mesmo sem me dar! Amor, simplesmente...
Amor...
E tomo tua mão em meus cabelos mesmo sem saber quem tu és
E nesses meus conflitos necessários, de desvendar o amor ...que já me quer...

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