terça-feira, 29 de novembro de 2011

POEMA PARA MINHA FILHA



Fui tomar chá de clorofila. Amarelo.
Num castelo de caramelo concebi minha filha.
Linda! Chama-se Poesia.

Risonha, por vezes taciturna, corria pelos cômodos desde cedo.
Aos quatro anos caiu, cortou-se, sete pontos no braço direito.

Manhosa, birrenta, brincava com pés de pimenta
E se queimava. Ardia-lhe a boca aquelas malaguetas,
Que pensava serem balinhas de morango.

Desde cedo gosta de tango, agarrava-se a minha saia
E trêmula ensaiava longos passos ao som de  “por uma cabeza”
Não fosse em sua essência pura veia poética acho que seria bailarina.
Rodopia entre os cantos, em suave melodia.
Está amadurecendo, em fluidez e candura.

Talvez, quando eu já não mais exista, ela ainda esteja entre vocês
Eternizada em um livro de capa dura.

5 comentários:

  1. Que coisa mais linda. Tua poesia é culta, mas sem pedantismo. Tua poesia é feita com cultura e elegância, porém qualquer pessoa pode compreender a mensagem.

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  2. Obrigada nobre poeta Ubirajara é um grande estímulo ler teu comentário. Vi ontem e fiquei deveras tocada! Venha sempre!

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  3. Como vou comentar?? é algo tão lindo essa poesia...Meu silêncio será minha homenagem e meu aplauso se fará por aqui....Beijos amada flor cuiabana

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  4. é realmente sem comentários é muito lindo amei bjs!!!!!!

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  5. Olá
    Mirian,
    Poesia linda muito reflectiva, tal como eu gosto.
    "Agarrado" à tua saia, deixo um beijinho de Amizade.
    Eduardo

    (Sintra-Portugal)

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