sábado, 26 de novembro de 2011

TEMPO DO VERBO



Tempo de se conjugar o verbo amar é tempo bélico,
Tempo térmico.
Do amor que te atravessas sabe Deus,
Tua estrada e as palavras.
Nas imperfeições e exuberâncias
O amor se faz de inconstância,
Conflito tempestuoso de si
Regra-se no sentir.
Alimenta-se de saudade
Reveste-se de vontade.
Quando o teu coração dilacerado clama o amor que em fenômeno
Tornas-te atemporal.
O infinito interno da alma que ama
Não se consola em nada, em qualquer antídoto
É veneno de espuma, a tempestade é o ser.
Assim, restas, além da paixão,
Arrebatado em temor de amor perecer.
É toda a vida ao redor da palavra de quatro letras.
Que teima em persistir.
É toda a vida ao redor da palavra de quatro letras.
Que teima a te perseguir.
É toda a vida ao redor da palavra de quatro letras.
Pouco importa a conjugação.
É toda a vida ao redor da palavra de quatro letras.
Que entregastes o teu coração.

Um comentário:

  1. No tempo do verbo

    Nas asas da morte que encontrei a vida!
    Nas terras do 'sempre noite' encontrei a luz
    É nas insensatas batalhas
    que encontrei a paz

    Foi na solidão que encontrei o poema
    o desenho e a pintura
    da vida mais dura
    que ainda dura
    mais suave agora...

    Foi na ânsia de morrer depressa
    que encontrei-me as avessas
    e procurei voltar
    e voltei
    chorei
    gritei!

    Silenciosamente acordei.

    É nas horas de dor que o verbo agiu tão nítido
    e me fez a princípio
    uma revolução sem sangue
    que demorou a terminar...

    É no pricípio que o tempo mudou o curso
    e o verbo confuso passou a aquietar.

    Seria no grau de entendimento
    o superficial
    substancialmente calado
    tentando demonstrar clareza!

    Era no conjugar da pesia
    que de nada me valia
    um verso a mais
    que dissesse da dor
    que implorasse viver
    ou morria sem saber.

    É no tempo verbal do sujeito moribundo
    que sua voz cala lá no fundo
    e o faz a vida retornar!

    E o verbo mudou a tempo
    antes de partir para sempre
    no infinito tempo de sorte
    envolto no véu da morte
    iria no céu, escrever poesias
    de uma vida que esvaia-se
    do poeta que iria acordar.

    E mais uma estrofe não foi cantada
    um segundo, em disparada
    o homem-poeta se vez renascer
    e uma nova vida encenar...

    É, foi, será...
    O tempo é quem vai me acordar!


    Mando Mago Poeta 21:35 15/3/2012
    Adorei seu blog e seu versejar!

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