sábado, 19 de maio de 2012

MANHÃS DE GELO




Nesse frio...as letras aquecem.
O ócio produtivo aquiesce.
E é quando releio a vida...
Os livros velhos...amarelos
De um passado novo que quero
Em rosa do mais intenso vermelho.

Aquele que como um botão em flor
Descobre-me intacta em selo
Conservada em gelo
Para o amor.

Ao espelho
Aquela que vejo
É a mesma por dentro.

Querendo o antigo profeta
Que como ela era poeta
À flor da pele no que sentia.

Percebeu-se verso lírico
No lúdico espaço corporal
Na vontade visceral que nutria.

Já não sabia ser outra coisa...
Senão carne e osso
Em poesia.

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