sexta-feira, 18 de maio de 2012

MUITO PRAZER!




Quando não me conhecia e ainda ao espelho me olhava
Nas matizes entre o verde e o mel do meu olho esquerdo
Em que o direito brincava de ser homogêneo o amor era
Esse jeito cativo, ingênuo que perfumava o corpo inteiro.

Quando passei a ver os raios de sol que da alma fluíam
Que pouco distinguiam-se dos meus cabelos...ainda menina
Num corpo de mulher perdida nos confins nos despenhadeiros
Tantos abismos e labirintos, em busca do eu verdadeiro.

Percebo que não quero ser aquelas que já fui
Em cada manifestação sem transparência
Há que haver uma verdade mínima que flui
Que transborde minha real essência.

E ao fim de mim quem sabe eu me encontre outras
Tantas quantas eu ainda seja e possa em êxtase dizer
É esta quem sou transeunte espírito mutante, sê bem vindo:
Muito prazer!

Um comentário:

  1. Encontre-se em todas, mas mantenha-se como és, e decanta esse lirismo que encanta e instiga. Um bjo.

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