segunda-feira, 28 de maio de 2012

O ENCANTAMENTO DE EVA




Entre o delicado ofício de ser Eva
De ser uma face sem artifício ou treva
Transito na arte ambígua das palavras.

Domo-te pelo licor dos lábios
Dessa boca que ainda espera
O verso que os sábios
Plantaram nas nuvens de algodões
De áureos encantos
E que nos meus voos rasos busco
Leve canto...
Nesse flutuar lúdico que faço
Nos teus braços.

Quero os versos que te amem
Que te tramem em mim como pétalas.
Que me descubram e que te cubram
Amor meu,
Crendo que sou aquela  que ainda
Te ama
Porque o amor não perece!

Quero os versos que te teçam
Que meçam o perfume da carne
Que desvelem para mim - em segredo -
Que há mais de um mundo
E tantas formas de amar 
Posto que o amor é essa mágica
Muito além do absurdo.

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